Novo estudo americano sugere que pessoas classificadas como "viciadas" em sexo podem simplesmente ter muita energia sexual
A expressão "vício em sexo" costuma ganhar
atenção imediata quando usada para explicar alguma excentricidade
romântica, especialmente quando a afirmação parte de uma celebridade. No
entanto, uma nova pesquisa americana coloca em dúvida se as pessoas
podem realmente ser "viciadas" em sexo. O novo estudo da Universidade da
Califórnia (UCLA), em Los Angeles, sugere que esse "vício" pode ser uma
energia sexual exacerbada.
Controvérsia
Vício em sexo geralmente é diagnosticado em pessoas que têm desejos sexuais que parecem fora de controle, que se envolvem com frequência em comportamentos sexuais, que sofreram consequências, tais como divórcio ou ruína econômica, como resultado de seus hábitos sexuais e que não conseguem interromper esses comportamentos.
No entanto, a existência de vício em sexo é controversa e o transtorno não foi incluído no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), considerado a "bíblia" dos psicólogos e psiquiatras, que foi recentemente atualizado.
No novo estudo, a equipe de Prause analisou respostas do cérebro de 39 homens e 13 mulheres, com idades entre 18 e 39 anos, cujas pontuações em questionários sobre comportamentos e hábitos sexuais foram semelhantes às de pessoas que procuraram tratamento para hipersexualidade.
"Apresentamos um conjunto de fotografias para
os voluntários. Essas imagens foram cuidadosamente escolhidas para
evocar sentimentos agradáveis ou desagradáveis", explicou Prause. "As
fotos incluíam imagens de corpos desmembrados, pessoas preparando
refeições, gente esquiando e, claro, sexo. Algumas das imagens sexuais
eram românticas, enquanto outras mostravam a relação explícita entre um
homem e uma mulher."
O pensamento por trás do experimento foi que,
se uma pessoa fosse realmente viciada em sexo, as imagens de conteúdo
sexual produziriam um aumento na atividade cerebral - da mesma forma que
imagens de cocaína já foram mostradas para viciados em drogas para
alterar suas atividades cerebrais.
No entanto, "a resposta do cérebro às imagens sexuais não foi prevista por qualquer das três medidas do questionário de hipersexualidade," de acordo com Prause. "A resposta do cérebro era apenas relacionada com desejo sexual. Em outras palavras, hipersexualidade parece não explicar as respostas do cérebro a imagens sexuais mais do que apenas ter uma libido em alta.”
"Potencialmente, esta é uma descoberta importante", disse Prause. "Se o nosso estudo puder ser repetido, estes resultados representariam um grande desafio para as teorias existentes de ‘vício’ em sexo." O estudo foi publicado este mês na revista “Socioaffective Neuroscience and Psychology”.
Fonte: http://delas.ig.com.br/amoresexo/2013-07-25/vicio-em-sexo-pode-nao-ser-doenca.html
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